16 Dezembro, 2016
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Não foi, ainda, depois de quatro rodadas de negociações que trabalhadores e patrões do setor químico de Criciúma e região chegaram a uma proposta que possa representar a renovação da convenção coletiva dos mais de 2,5 mil trabalhadores que atuam em aproximadamente 100 empresas.
“Os patrões continuam reafirmando que não concedem ganho real e, pior, sequer querem repor as perdas dos salários e parcelando menos que o INPC do período, que é de 8,5%”, desabafa o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Químicos, Carlos de Cordes, o Dé. Ele considerou “absurda” a proposta feita na mesa de negociação nesta sexta-feira.
“Os patrões oferecem 5% retroativo a novembro, que é a data-base da categoria e mais 2,5% em junho do ano que vem”, revela de Cordes. O trabalhador, segundo o dirigente, começou a ver seu salário ser corroído pela inflação há um ano e os empresários querem que a categoria continue acumulando perdas.
“Não há como levar uma proposta tão absurda para que os trabalhadores avaliem em uma assembleia; não temos dúvidas que a rejeição ocorreria e o próximo passo, não há como evitar, seria a greve”, disse o presidente do sindicato profissional. “Temos que continuar negociando”, conclui o dirigente.