18 Dezembro, 2018
Alterar o tamanho da letra: A- A+
Os patrões das indústrias plásticas adiaram, mais uma vez, o fechamento das negociações da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria, integrada por mais de 8 mil trabalhadores, referente a 1º de abril de 2018 e 31 de março de 2019. E o impasse, provocado por eles, tem, um novo capítulo, marcado para 14 de janeiro de 2019, às 13h30.
Os patrões informaram ontem à tarde, (17) ao Tribunal Regional do Trabalho, no último expediente do prazo que tinham conseguido na audiência de tentativa de conciliação do dia 27 de novembro (foto), que a proposta feita pelo TRT naquela oportunidade, foi discutida em assembleia patronal no último dia 12 e "não foi aprovada na integralidade".
Além disso, relataram ter feito contato com o presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Santa Catarina (Fetiesc), Idemar Martini, para uma nova reunião, na sede da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), no dia 14 de janeiro, às 13h30, para tentar a conciliação e celebração da nova convenção coletiva do setor.
"Não há dúvida alguma, os patrões querem adiar a assinatura da convenção coletiva com um único objetivo, que é o de atrapalhar o Sindicato e, para isso, penalizam os mais de oito mil trabalhadores do setor; mas se enganam, pois não é desta forma que vão nos atingir; continuamos firmes em nossa missão de defender a categoria", diz o presidente do Sindicato, Carlos de Cordes, o Dé.
Segundo o dirigente, "também é evidente que desta forma querem aumentar seus lucros e fragilizar a classe trabalhadora, pagando salários cada vez menores e ficando livres para praticar a reforma trabalhista, já que não temos convenção coletiva em vigor". Dé questiona "por exemplo, o quê justifica eles não aceitarem homologar rescisão de contratos de trabalho no Sindicato?".
Dé entende que o momento vivido pela categoria serve para mostrar o nível de respeito que o patrão dá aos seus empregados. "Esperamos que os trabalhadores vejam e analisem isto, pois é deste desrespeito que cresce o sentimento de indignação já estampado no rosto de cada pai ou mãe de família, de cada jovem que deixa parte de sua vida na fábrica para enriquecer seu patrão", finaliza.