11 Outubro, 2016
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A primeira rodada de negociações da convenção coletiva dos trabalhadores químicos de Criciúma e região se resumiu a análise de cláusulas sociais que o sindicato patronal propõe mudanças, todas, sem exceção, reduzindo direitos dos trabalhadores.
“São conquistas que levamos décadas para conseguir e, agora, os patrões querem retirá-las, alegando a crise econômica do país”, resumiu o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Plásticas, Químicas e Farmacêuticas de Criciúma e Região, Carlos de Cordes, o Dé, que reassumiu o cargo nesta semana.
O encontro ocorreu nesta terça-feira (11) na sede da Associação Empresarial de Criciúma (Acic) e nova rodada deve ser agendada na próxima semana. “Ponderamos que não há condições para mudanças profundas na atual convenção coletiva, não concordamos em reduzir direitos e que estamos preocupados com a conjuntura nacional já prejudicial à classe trabalhadora”, acrescentou Dé.
Os químicos, nos 29 municípios de base territorial do sindicato profissional, ocupam mais de 2,5 mil postos de trabalho e a maioria atua na produção de tintas, vernizes e insumos ás indústrias cerâmicas, especialmente. Na região existem mais de 100 empresas, informa De Cordes. A data base da categoria é 1º novembro.
“Necessitamos de uma convenção bem elaborada para garantir o direito dos trabalhadores, principalmente nas empresas com menos de 30 trabalhadores, que existem às dezenas na região e esperamos que o sindicato patronal reconheça que a crise passa longe da maioria das empresas do setor”, finaliza o dirigente sindical.