02 Maio, 2016
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Em atitude lamentada pela diretoria do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Plásticas, Químicas e Farmacêuticas de Criciúma e região, a classe patronal ingressou com instauração de Dissídio Coletivo na Justiça do Trabalho, mas nada fez para que as propostas das duas partes se aproximassem. “Eles repetiram a proposta que haviam feito no último dia 19”, disse Carlos de Cordes, o Dé, presidente do sindicato profissional.
Naquela oportunidade, explica, a proposta foi de reajuste de 6% retroativo a abril e 1% em outubro para salários de até R$ 3 mil e para os demais R$ 180,00 em abril e R$ 30,00 em outubro. Para todos os trabalhadores, além disto, fica extinto o abono anual, que em 2015 foi de R$ 800,00. “Esta proposta já tínhamos rejeitado, pois a inflação do período é 9,91%”, explicou Dé. Os trabalhadores reivindicam o repasse integral da inflação e mais 6% de aumento real.
O dirigente sindical também lamentou, por dois aspectos, a iniciativa patronal de requerer a instauração do dissídio. “Em primeiro lugar, em momento algum a negociação foi interrompida ou teve algum entrave, muito pelo contrário, sempre estivemos dispostos e abertos à negociação e nestas condições provocar a Justiça do Trabalho é tomar tempo do judiciário, que sempre está assoberbado”, disse Dé.
“Informamos a justiça do trabalho e aos patrões, na audiência, que estamos convocando assembleias entre os dias 16 e 19, em Criciúma, Içara, Urussanga e São Ludgero, para que os trabalhadores avaliem esta proposta, ou outra que vier a ser apresentada e definam os rumos que a campanha salarial deve tomar”, enfatizou Carlos de Cordes. Após a audiência foi agendada uma nova rodada de negociações para segunda-feira (9), às 10h30, na sede do sindicato patronal, na Acic.