15 Março, 2017
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Com os trabalhadores reivindicando aumento real e os patrões se queixando de aumento de custos operacionais e dos efeitos da crise econômica, começaram nesta quarta-feira (15) as negociações da convenção coletiva dos trabalhadores nas empresas da indústrias de plásticos descartáveis, que têm data base em 1º de abril. O encontro ocorreu na sede da Associação Brasileira dos Descartáveis (Abrade), na Acic.
A reunião “manteve a tradição da primeira rodada de negociação, com os patrões se queixando e nós querendo melhores salários e condições de trabalho nas empresas; temos muito a negociar”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Plásticas, Químicas e Farmacêuticas de Criciúma e Região, Carlos de Cordes, o Dé.
Nova rodada de negociações deve ser agendada no início da próxima semana, segundo Dé, quando espera também se manifestar o sindicato patronal da indústria de embalagens e outros materiais plásticos flexíveis, que está de posse do rol de reivindicações da categoria no dia 1º de março. O segmento de descartáveis emprega cerca de 4 mil trabalhadores na região, quantidade equivalente no setor de “flexíveis”.
Os trabalhadores dos dois segmentos industriais reivindicam o INPC como reposição da inflação do período entre abril de 2016 e março de 2017 que deve ser divulgado pelo IBGE até o dia 10 de abril. Como aumento real, a categoria quer índice igual ao da inflação dos últimos 12 meses e o mesmo valor para o abono anual.