24 Junho, 2014
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Os mais de 12 mil trabalhadores das indústrias plásticas, químicas e farmacêutica de Criciúma e região representados por seu sindicato de classe, torna público seu descontentamento e repúdio a for¬ma como são tratados os mais de 400 trabalhadores das empresas Copaza e Icopp, indústrias do ramo de plásticos descartáveis, ambas de Içara.
Não tem sido poucos nem brandos os esforços deste sindicato profissional em tentar convencer a diretoria do grupo empresarial a tratar seus trabalha¬dores com dignidade, respeito e, no mínimo, espírito humanitário. Nem mesmo a intervenção da prestati¬va Gerência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego tem sido exitosa neste sentido.
O clima no interior das duas fábricas é de medo, impera um cenário de desconfiança e a certeza, entre os trabalhadores, é que a diretoria tem apenas uma preocupação: o lucro e para atingir este objetivo não se mede consequências.
O pior é que a “filosofia” da diretoria é incorpo¬rada pelas chefias e os trabalhadores são equiparados aos mais reles equipamentos e máquinas. A insensi¬bilidade e a falta de consideração aos profissionais se materializam na rotatividade cada vez mais eleva¬da no quadro de pessoal das duas empresas.
A diretoria das empresas sequer oferece lanche e condições salutares para a refeição dos trabalhadores, que se sentem escravizados, levando marmitas para o local de trabalho e aquecê-la em “banho maria” ho¬ras depois. O médico da empresa é desumano com os empregados e sequer respeita seus próprios compa¬nheiros de profissão, reduzindo prazos de atestados médicos dos trabalhadores.
Responsabilidade social, como fornecimento de cesta básica, por exemplo, não faz parte do dicioná¬rio patronal e o que interessa é “sugar” cada gota do esforço do empregado para ampliar, cada vez mais, o já incontável patrimônio imobiliário da família, sem conseguir explicar os motivos para acumular tanta terra.
Este ato público da classe trabalhadora tem o ob¬jetivo de ser um alerta, pois todas as possibilidades de negociações e debates com objetivo de melhorar a re¬lação entre patrões e trabalhadores se mostram infrutí¬feras, se sobressaindo, sempre, a importância do lucro financeiro, que não será levado por nenhum dos direto¬res para a vida eterna. Destes patrões restará, apenas, o desprezo dos trabalhadores, para a eternidade
Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Plásticas, Químicas e Farmacêuticas de Criciúma e Região