16 Novembro, 2015
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Indignados com a proposta e frustrados com a classe patronal pela falta de reconhecimento da importância dos seus trabalhadores. Foi desta forma que a representação dos trabalhadores das indústrias químicas de Criciúma e região saiu da segunda rodada de negociações com a classe patronal, esta manhã, na Acic.
Para uma inflação de 10,33%, medida pelo INPC, os patrões na primeira rodada ofereceram 7,5% e na segunda, nesta segunda-feira (16), acenaram com 8%. O setor tem aproximadamente 2,5 mil trabalhadores em pouco mais de 100 indústrias.
As informações são do presidente do sindicato dos trabalhadores, Carlos de Cordes, o Dé, lamentando que mais uma vez a classe patronal contrata um negociador externo, que não conhece a realidade da região. “Os patrões, até agora, não falaram com os representantes dos trabalhadores, apenas o negociador é que se manifesta”, declara Dé.
Para Carlos de Cordes, “a proposta da indústria química é uma formula explosiva, que detona o bolso do trabalhador sequer contemplando o desgaste dos salários no ano que passou”.
Conforme o presidente do sindicato profissional, o argumento dos patrões é a crise econômica. “Mas nós, trabalhadores, somos as principais vítimas desta situação e para aprofundar a nossa crise, os patrões se negam a repor o poder de compra dos nossos salários”, lamentou, afirmando que o sindicato continua aberto a negociações.