09 Novembro, 2015
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Durou quatro horas e meia a paralisação na Canguru Embalagens Ltda, em protesto contra a decisão da empresa em deixar de pagar o adicional de periculosidade a todos os seus 400 trabalhadores, direito pelo qual lutam desde 2003 e que foi implantado em maio deste ano. “Foi mais uma vitória da categoria, que se manteve unida, mobilizada e defendendo seus direitos”, avaliou o presidente do sindicato da categoria, Carlos de Cordes, o Dé.
Embasada em laudo que produziu um engenheiro que contratou, a diretoria da empresa conseguiu uma medida liminar na justiça do trabalho suspendendo o pagamento do adicional, alegando que o principal gerador de periculosidade, o setor de impressão, com obras realizadas, ficou isolado do restante do parque fabril. A liminar, no entanto, exigia que o valor que seria pagos aos empregados, fosse depositado em juízo. No sábado os trabalhadores receberam seus salários, sem o adicional, ou seja, com menos 30%.
Em 20 de outubro, quando foram informados da concessão da liminar conseguida pela empresa, os trabalhadores decidiram em assembleia que se o desconto ocorresse, entrariam em greve, o que acabou ocorrendo na tarde desta segunda-feira. Com a paralisação, a diretoria da empresa chamou a direção do sindicato para negociar e acabou aceitando a proposta dos trabalhadores: mantém o pagamento da periculosidade a todos até que um laudo imparcial, designado pela justiça do trabalho, ateste que não existe mais o fator gerador do perigo a vida do pessoal.